
“(1) Para tudo há uma estação, um tempo para todo propósito debaixo do céu: (2) Um tempo para nascer e um tempo para morrer; Tempo de plantar, E tempo de colher o que está plantado; (3) Tempo de matar e tempo de curar; Tempo de quebrar, E tempo de edificar; (4) Tempo de chorar e tempo de rir; Tempo de lamentar e tempo de dançar; (5) Tempo de atirar pedras e tempo de ajuntar pedras; Um tempo para abraçar e um tempo para abster-se de abraçar; (6) Tempo de ganhar e tempo de perder; Tempo de guardar, E tempo de jogar fora; (7) Tempo de rasgar e tempo de costurar; Tempo de calar-se e tempo de falar; (Tempo de amar e tempo de odiar; Tempo de guerra e tempo de paz.” – Eclesiastes 3:1-8
Ao longo dos meus anos de ministério, tive o privilégio de orar por muitas pessoas, cada uma com sua jornada e desafios únicos. Um encontro que se destaca em minha memória é quando estava na África, quando um pastor experiente se aproximou de mim com o coração pesado. Ele me confidenciou sua preocupação persistente com as palavras proféticas que recebera anos antes sobre sua vida e ministério. Apesar de antecipar ansiosamente seu cumprimento, ele ainda se viu esperando, lutando com uma sensação de decepção e confusão. Como diz o provérbio: “A esperança adiada adoece o coração” (Provérbios 13:12). A experiência deste pastor não é incomum; Muitos de nós sentimos o peso das palavras proféticas não cumpridas ditas sobre nós. Nessas ocasiões, nossa fé pode ser duramente testada, e dúvidas podem até surgir enquanto agonizamos sobre por que a Palavra, que antes trazia tanta alegria ou esperança, ainda não se materializou.
De fato, há muitas razões pelas quais uma palavra profética pode ainda não ter acontecido ou se algum dia acontecerá. Não menos importante, nossas expectativas podem estar desalinhadas com o tempo de Deus porque não temos clareza sobre a época em que a Palavra deve se manifestar.
Quero destacar este ponto e como é importante para nós entender essa correlação entre uma palavra profética e a estação a que essa palavra pertence, porque muitas vezes uma palavra profética tem uma data de validade!
Assim como o fruto amadurece em sua estação devida, também o cumprimento de uma palavra profética se alinha com o tempo de Deus. Apenas receber uma palavra profética nem sempre é suficiente; às vezes, entender a estação a que pertence é igualmente importante.
O escritor de Eclesiastes nos informa que “para tudo há uma estação“, então fornece uma bela ladainha de eventos e ações com os quais estamos bem familiarizados. A questão é que as coisas têm uma estação à qual pertencem. É preciso sabedoria e discernimento para saber como fazer parceria com uma Palavra profética dentro de sua estação e quando entregá-la de volta nas mãos de nosso amoroso Pai, confiando em Seu tempo perfeito.
Se não formos capazes de deixar ir, então a Palavra que começou como uma bênção pode facilmente se tornar um fardo e nos manter presos ao passado por muito tempo depois que o Espírito de Deus começar a soprar em uma nova direção.
Acredito que há palavras ditas sobre nós que precisamos deixar de lado antes de podermos entrar na nova temporada que Deus tem. Este princípio também pode ser aplicado em nível nacional. Espero que você me ouça sobre isso, não estou dizendo para descartar palavras proféticas históricas sobre nossa nação que ainda não foram cumpridas, mas estou dizendo que chega um momento em que as estações mudam, e essas palavras não se aplicam mais, mas podem nos manter desalinhados com Deus está dizendo agora.
Você pode estar curioso sobre o resultado para o pastor que estava lidando com essas questões e preocupações. Bem, fico feliz em dizer que, enquanto esperava no Senhor, ouvi em meu espírito aconselhar o pastor a deixar de lado todas as palavras proféticas que ele estava segurando, e as que não tivessem expirado voltariam para ele com uma nova unção. O Senhor trouxe a sabedoria de que precisávamos, com a qual pudemos orar juntos com mais eficácia. Ouça a sabedoria de Eclesiastes 11:1
“Lance o seu pão sobre as águas, pois você o achará depois de muitos dias.”
Nesse contexto, se virmos o “pão” como a Palavra do Senhor, podemos deixar ir e isso criará um espaço para encontrá-lo novamente ou no qual o Senhor falará algo novo, uma Palavra “agora” que trará alinhamento para a estação que Ele está nos guiando.
À medida que navegamos na jornada da fé, busquemos a orientação de Deus para entender as estações de nossas vidas, e que possamos ter a coragem de liberar o que não serve mais ao Seu propósito, confiando que Aquele que começou uma boa obra em nós a completará (Filipenses 1:6).