A Noiva Radiante
Olá a todos, é realmente uma honra estar com vocês hoje. Expresso minha sincera gratidão a Phoebe e a toda a equipe da I4K por estender o convite para participar de seu Programa de Treinamento de Oração, focando especificamente em A Natureza da Noiva. Nos tempos atuais, acredito que não há tarefa mais crucial para os ministros quíntuplos do que defender a causa da Noiva. Nosso esforço coletivo deve garantir que a Igreja possa abraçar plenamente sua mais alta identidade como a amada Noiva do Senhor. Nos últimos 16 anos, minha comissão pessoal girou em torno dessa tarefa e, apesar dos inúmeros desafios enfrentados ao longo dessa jornada, foi o maior privilégio da minha vida. De fato, em várias ocasiões, adorei fazer parceria com a noiva queniana e espero voltar novamente este ano. Nesta sessão, exploraremos algumas escrituras profundas para construir uma compreensão mais abrangente da Noiva Radiante.
Quando falamos da Noiva Radiante, visualizamos uma Noiva brilhando intensamente, irradiando a glória de seu Noivo. Neste ensinamento, vamos desvendar esse conceito, enfatizando a importância de ancorar nossas crenças nos ensinamentos das escrituras. Organizei esta apresentação em três partes principais.
Em primeiro lugar, pretendo estabelecer um fundamento bíblico para a ideia de como somos criados para a glória de Deus. Em segundo lugar, embarcaremos em uma jornada através da participação da Noiva na glória da Unidade, um tema fervorosamente orado por nosso Salvador em João 17. Finalmente, na parte final deste ensinamento, exploraremos o conceito do que significa quando a Noiva atinge a maioridade. Essa exploração incluirá um exame de como esse posicionamento a equipa para a glória e seu papel único na restauração do direito de primogenitura de uma nação, para que a glória das nações possa entrar na Nova Jerusalém. Isso parece muito para passar, então vamos começar com Isaías 43:7
1a. Criado para a glória de Deus – Isaías 43:7
“(7) Todo aquele que é chamado pelo meu nome, a quem criei para minha glória; Eu o formei, sim, eu o fiz.”” – Isaías 43:7 NKJV
Esta é uma revelação tão profunda, onde temos um vislumbre de nosso propósito criado. A palavra hebraica para “glória” em Isaías 43:7 é (hebraico: כָּבוֹד – “kavod”). Origina-se de uma raiz que significa “pesado” ou “pesado”. Nas culturas antigas, importância e honra eram frequentemente associadas ao peso, e esse entendimento lança luz sobre o peso de ser criado para a glória de Deus. Quando Isaías declara que fomos criados para o “kavod” de Deus, isso enfatiza a natureza gloriosa de nosso propósito – não apenas carne e sangue, mas intencionalmente criados para carregar o peso da glória de Deus.
O apóstolo Paulo retoma esse mesmo princípio em sua carta aos Romanos.
“(21) O oleiro não tem poder sobre o barro, da mesma massa para fazer um vaso para honra e outro para desonra? (22) E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos da ira, preparados para a destruição, (23) e para dar a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para glória, (24) a nós, a quem chamou, não somente dos judeus, mas também dos gentios?” – Romanos 9:21-24
Nesta passagem, Paulo emprega a metáfora do oleiro e do barro para transmitir uma verdade profunda. Ele ilustra eloqüentemente que somos como o barro, habilmente moldado pelas mãos do Senhor em vasos de misericórdia, projetados de antemão para Sua glória. Como portadores da glória de Deus, nossas vidas servem como um testemunho de Seu caráter e natureza. Essa responsabilidade se estende a todas as áreas de nossa vida, dos relacionamentos ao trabalho, da recreação à missão, compelindo-nos a representar a glória de Deus com profunda gravidade. Reconhecer essa verdade evoca em nós um sentimento de admiração e reverência ao enfrentarmos os desafios do mundo e nos motiva a buscar a excelência, a integridade e a retidão. Quando nos alinhamos com a glória de Deus, nos transformamos em canais através dos quais Sua glória irradia para o mundo. Criado para a glória de Deus estende um convite para viver uma vida infundida com propósito, significado e um profundo sentimento de admiração. Davi captura lindamente esse sentimento no Salmo 137, quando expressa sua admiração pela mão do Criador sobre seu próprio corpo. Ele diz:
“(13) Pois Tu formaste as minhas entranhas; Você me cobriu no ventre de minha mãe. (14) Eu te louvarei, porque fui feito de modo terrível e maravilhoso; Maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma sabe muito bem. (15) Minha estrutura não foi oculta de Ti, quando fui feito em segredo, [E] habilmente trabalhado nas partes mais baixas da terra. (16) Seus olhos viram minha substância, ainda sem forma. E no teu livro todos foram escritos: Os dias foram formados para mim, quando [ainda não havia] nenhum deles.” – Salmo 139:13-16 NKJV
Quando o Senhor nos criou no lugar secreto e nos uniu, Ele foi intencional em Seu desejo em relação a nós. Ele criou um lugar no qual Ele sabe que Sua glória habitaria. Somos portadores de glória, não por causa de algo inerentemente glorioso em nós mesmos, na verdade, somos vasos de barro, mas porque Sua glória reside em nós. Isso é verdade para todo crente, quando nascemos de novo, nos tornamos uma nova criação, algo dentro de nós foi vivificado pelo Espírito Santo. E, no entanto, esta é apenas a nossa indução à glória de Deus, pois a salvação não é o nosso fim, mas o nosso começo em uma maravilhosa jornada de encontro na qual somos transformados de glória em glória.
1 ter. A Glória Refletida Através da Contemplação
“(18) Mas todos nós, com o rosto descoberto, contemplando como por espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” – 2 Coríntios 3:18 NKJV
Esta conhecida escritura tem muito a nos ensinar sobre o processo transformador da glória de Deus. Normalmente nos concentramos na frase “sendo mudados de glória em glória”, mas precisamos entender a plenitude do que esse versículo está realmente dizendo, porque está descrevendo uma postura de contemplar a glória do Senhor. É nesta interface entre o Senhor e nós que se realiza uma transformação. A frase “contemplar como em um espelho” vem do verbo grego (κατοπτρίζω) “katoptrizó”. Este termo é derivado de “katoptron” e significa um espelho ou superfície reflexiva. As imagens são poderosas; transmite a ideia de que, ao contemplarmos a glória do Senhor, somos como espelhos refletindo essa glória. Esse processo não é uma observação passiva, mas um olhar intencional e focado que nos transforma.
No entanto, o ato de contemplar a glória do Senhor vai além da observação; trata-se de tornar-se, porque neste lugar divino de encontro somos transformados na mesma imagem. A palavra grega para “transformado” é “metamorfose”, sugerindo uma mudança radical e interior, muito parecida com uma lagarta se transformando em borboleta. Nossas vidas, através da contemplação da glória de Deus, passam por um processo metamórfico que não apenas reflete Sua imagem divina, mas nos muda para nos tornarmos como Ele em Sua glória.
Este versículo faz parte de uma discussão mais ampla encontrada em 2 Coríntios 3:7-18, onde o apóstolo Paulo faz uma comparação entre a glória da Antiga Aliança e a glória da Nova Aliança. Ele leva o leitor de volta à narrativa de Moisés encontrando Yahweh na tenda do encontro. A passagem específica a que Paulo se refere está em Êxodo 34:29-35, detalhando a descida de Moisés do Monte Sinai com um rosto radiante. O termo hebraico usado para descrever o brilho no rosto de Moisés é “qaran”, significando a emissão de raios ou feixes de luz. Essa transformação luminosa ocorreu como resultado de Moisés estar na presença de Deus, refletindo a glória divina.
No entanto, o brilho no rosto de Moisés naquela época era transitório, e ele se velou para proteger os filhos de Israel da glória decrescente. Paulo afirma que um véu ainda envolve os corações quando o Antigo Testamento é lido, e é somente por meio de Cristo que esse véu é removido. Embora o rosto de Moisés tenha sido descoberto durante seu encontro com o Senhor, foi necessário um véu depois. Da mesma forma, nós também podemos experimentar a glória do Senhor com rostos desvelados. A distinção está na natureza duradoura dessa glória para nós – ao contrário de Moisés, a glória de Cristo reside em todo coração arrependido, garantindo um brilho duradouro.
1c. A Habitação da Glória de Cristo – Colossenses 1:27
“(27) Deus quis dar-lhes a conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios: que é Cristo em vós, a esperança da glória.” – Colossenses 1:27 NKJV
O versículo se refere a essa habitação de Cristo como um “mistério”. A palavra grega ” μυστήριον – musterion ” expressa um segredo divino, uma verdade escondida no passado, mas agora revelada. Numerosas escrituras do Antigo Testamento prenunciam o Senhor habitando dentro do coração de Seu povo, mas nada é explicitamente declarado porque foi mantido um mistério até que Cristo foi revelado. A palavra freqüentemente usada para essa habitação é a palavra (grego: ἐνοικέω – enoikeó). Por exemplo, 2 Coríntios 6:16, Colossenses 3:16, Romanos 8:11. Em Colossenses 1:27, o termo “Cristo em vós” é uma expressão profunda da presença interior de Cristo. A raiz da palavra “enoikeó” vai além da mera presença; significa uma habitação, uma residência permanente dentro. Não é uma visitação fugaz, mas uma permanência contínua.
A distinção entre a glória refletida e a glória interior de Cristo é profunda. No Antigo Testamento, os indivíduos experimentaram a glória de Deus por meio de encontros, visões e contemplação. O rosto radiante de Moisés depois de estar na presença de Deus (Êxodo 34:29-35) é um exemplo de glória refletida. No entanto, Colossenses 1:27 introduz um conceito revolucionário – a glória de Cristo não apenas sendo refletida sobre os crentes, mas residindo dentro deles. É uma conexão pessoal e íntima onde o crente se torna uma morada para a glória de Cristo.
Enquanto a glória refletida transforma o observador, a glória interior de Cristo transforma a própria essência do crente. É um processo contínuo em que o caráter, o amor e a natureza divina de Cristo permeiam e moldam o crente de dentro para fora. Este trabalho transformador não depende de circunstâncias externas, mas da presença permanente de Cristo.
1d. A Natureza Inglória de Nossa Estrutura Atual – 1 Coríntios 15:42-49
Nesta fase, preciso mencionar que, embora certamente experimentemos a maravilhosa habitação da glória de Cristo e sejamos capazes de mudar de glória em glória ao contemplarmos o esplendor do Senhor com corações desvelados, ainda não somos capazes de nos transformar plenamente na glória que nos espera no retorno de Cristo. Especificamente, estou destacando que há um grau de glória no qual ainda não podemos entrar enquanto permanecermos em nosso corpo mortal atual. Esta declaração contraria vários erros bíblicos e heresias emergentes, como “Os filhos manifestos de Deus” ou “filhos manifestos da glória”. Os proponentes desse ensino afirmam que um grupo especial de crentes atingirá um nível mais alto de maturidade espiritual, muitas vezes referido como “filiação” ou “glorificação”, antes do retorno de Cristo. De acordo com esse ensinamento, esses crentes manifestarão poderes sobrenaturais, imortalidade e uma existência sem pecado na terra. Esse desvio do que a Bíblia ensina naturalmente leva a outra categoria de heresia chamada “Dominionismo”. Isso pode assumir diferentes formas, como “Kingdom Now”, mas, em resumo, é uma perspectiva teológica que geralmente afirma que os cristãos são chamados a assumir o domínio ou o controle sobre vários aspectos da sociedade, incluindo política, cultura e economia. Muitas vezes enfatiza a ideia de estabelecer um “reino” na terra antes do retorno de Cristo.
É por isso que devemos sempre aderir ao que a Bíblia realmente ensina e deixar que as escrituras interpretem as escrituras. Caso contrário, é muito fácil tirar as escrituras do contexto ou aplicar nossos próprios preconceitos ao que achamos que a Bíblia deveria dizer. Anteriormente, eu compartilhei que há um grau de glória que não alcançaremos antes do retorno de Cristo, então vamos ver o que a Bíblia ensina sobre isso e nos voltar para 1 Coríntios 15:42-44,49
“(42) Assim também [é] a ressurreição dos mortos. Semeia-se em corrupção; é ressuscitado em incorrupção: (43) É semeado em desonra; ressuscita na glória: semeia-se na fraqueza; é ressuscitado em poder: (44) Semeia-se um corpo natural; é ressuscitado um corpo espiritual. Existe um corpo natural e existe um corpo espiritual….. E assim como trouxemos a imagem do terreno, também traremos a imagem do celestial. ” –
Paulo explica que uma gloriosa transformação de nossos corpos não ocorrerá até a ressurreição dos mortos. Agora, ouça o que ele diz alguns versículos depois:
“(52) Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta, porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (53) Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.” – 1 Coríntios 52-53 KJV
Enquanto os crentes experimentam a transformação de glória em glória em sua jornada espiritual, a glorificação final aguarda o retorno do Senhor. A tensão entre o estado já transformado e o ainda não glorificado é um aspecto distintivo da escatologia cristã. Apesar da obra transformadora de Cristo dentro dos crentes, nossos corpos permanecem sujeitos aos efeitos do pecado e da mortalidade até a ressurreição. O apóstolo Paulo reconhece essa tensão em Romanos 8:23, expressando que, embora tenhamos as primícias do Espírito, aguardamos ansiosamente a redenção de nossos corpos.
2. A Noiva Radiante
Na tapeçaria que se desdobra do desígnio de Deus, até agora tocamos no profundo conceito de ser criado para a glória de Deus e a progressão transformadora dessa glória – do brilho refletido para uma glória que habita permanentemente em nossos corações. Paulo descreveu isso em Romanos 9 – para que Ele pudesse dar a conhecer as riquezas de Sua glória nos vasos de misericórdia, que Ele havia preparado de antemão para glória. É uma narrativa tecida com fios de amor divino, criação proposital e, como veremos agora, a manifestação final da beleza radiante na Nova Jerusalém. Então, vamos nos voltar para a oração sacerdotal de nosso Senhor em João 17
“(20) “Não oro somente por estes, mas também por aqueles que crerão em mim por meio de sua palavra; (21) “para que todos sejam um, como Tu, Pai, [estás] em Mim, e Eu em Ti; para que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste. (22) “E a glória que Tu Me deste, eu lhes dei, para que sejam um, assim como Nós somos um: (23) “Eu neles, e Tu em Mim; para que sejam aperfeiçoados em unidade, e para que o mundo saiba que Tu Me enviaste e os amaste como Tu me amaste.” – João 17:20-23 NKJV
Embora a glória de Deus permaneça insondável e além da compreensão humana, somos auxiliados por um estudo da petição de nosso Senhor nesses versículos porque a oração revela outra faceta da incrível glória de Deus que vai além da glória de qualquer crente individual. Nesta oração, quando Jesus intercede por uma unidade perfeita entre nós, Ele traça um paralelo extraordinário entre a unidade experimentada dentro da Divindade Triúna e a unidade que Ele deseja para nós. Essa “unidade” é identificada por Jesus como Sua glória – a capacidade compartilhada pelo Pai, Filho e Espírito Santo, de coexistir em perfeita harmonia como Um. Jesus revela que Ele nos deu essa mesma glória – a glória da unidade. Essa glória compartilhada não é uma mera demonstração de esplendor, mas um empoderamento tangível capaz de fundir os crentes em uma identidade corporativa, a Noiva. Em essência, a glória concedida aos crentes não é uma posse solitária, mas uma herança compartilhada. É uma unidade divina que transcende a individualidade e une os crentes em um profundo vínculo de amor, ecoando a perfeita unidade dentro da Divindade Triúna. Devemos entender e abraçar esse maravilhoso presente de glória que recebemos porque ele nos capacita a nos conectar e reparar relacionamentos quebrados e divisões denominacionais. Se em Cristo somos um, o que devemos fazer com nossas divisões? Vamos levantar nossos olhos mais uma vez para contemplar Sua glória, para que ela ainda possa ser refletida para nós corporativamente e curar nosso quebrantamento.
Quando dois se tornam um, é um testemunho da natureza intrínseca de Deus. Quando falo em ser “um”, não me refiro à unidade pela qual há comunhão compartilhada, solidariedade ou capacidade de se relacionar uns com os outros. A unidade vai além da unidade, para um nível totalmente diferente, pois não fomos chamados a nos dar bem, mas nos identificamos com uma identidade corporativa compartilhada que nos torna um. Quando falamos da Noiva radiante, este é um componente central a ser compreendido, pois quando exibimos nossa verdadeira identidade corporativa, ela manifesta a glória de Deus e servirá como uma poderosa testemunha para o mundo do amor de Deus.
Esse conceito de dois se tornando um é mais profundamente exemplificado no relacionamento matrimonial entre marido e mulher, o primeiro exemplo do qual, é claro, é o de Adão e Eva.
“(24) Portanto, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.” – Gênesis 2:24 NKJV
Eu amo essa escritura em particular, porque a vejo como a primeira profecia nas escrituras, e é tudo sobre Jesus e Sua Noiva. Os suportes para livros de nossas Bíblias são enquadrados na profecia nupcial, primeiro aqui em Gênesis 2:24, depois finalmente em Apocalipse 22:20 NKJV “Aquele que testifica dessas coisas diz: “Certamente venho sem demora”. Amém. Mesmo assim, vem, Senhor Jesus!” Caso você esteja se perguntando por que digo que esta é a primeira profecia nas escrituras, é porque Adão e Eva estavam prenunciando o relacionamento matrimonial entre Jesus e Sua Noiva, assim como todos os casamentos. Isto é o que o apóstolo Paulo escreveu:
“(31) “Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” (32) Este é um grande mistério, mas falo a respeito de Cristo e da igreja.” – Efésios 5:31-32 NKJV
É um mistério profundo, mas em um relacionamento conjugal, dois são capazes de se tornar uma só carne. Sim, eles mantêm seus corpos individuais, mas sua carne se tornou uma. É porque eles compartilham a mesma glória. Mais uma vez Paulo ensina sobre isso, em 1 Coríntios 15, quando escreve
“(39) Toda carne [é] não a mesma carne, mas [há] uma [espécie de] carne de homens, outra carne de animais, outra de peixes [e] outra de pássaros. (40) [Há] também corpos celestes e corpos terrestres; mas a glória do celestial [é] uma, e a [glória] do terrestre [é] outra. (41) [Há] uma glória do sol, outra glória da lua e outra glória das estrelas; pois [uma] estrela difere de [outra] estrela em glória.” – 1 Coríntios 15:39-41 NKJV
Para que dois se tornem uma só carne, é necessário que sejam da mesma espécie. É um ponto importante, porque para Jesus se tornar uma só carne conosco como em um relacionamento conjugal, é necessário que nossos corpos mortais sejam transformados para serem como seu corpo glorioso. Esta é a bendita esperança do crente.
“(20) Porque a nossa cidadania está nos céus, de onde também esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, (21) que transformará o nosso corpo humilde para que seja conforme ao seu corpo glorioso, segundo o seu poder de sujeitar a si todas as coisas.” – Filipenses 3:20-21 NKJV (ver também Tito 2:13)
Há uma tensão aqui. Sim, somos um em Espírito com o Senhor agora, como 1 Coríntios 6:17 nos ensina, mas nossos corpos mortais ainda não são um com Seu corpo glorioso. Há um grau de esplendor que experimentamos agora, mas quanto mais haverá quando formos transformados para sermos como Ele na ressurreição.
Este ensinamento é sobre o esplendor, que podemos descrever como a manifestação da glória de Deus. Exploramos isso individualmente, e agora também corporativamente como Sua Noiva, mas antes de passar para a parte final desta mensagem, há uma outra escritura que quero consultar que fala muito sobre o esplendor.
“(3) O Filho é o resplendor da glória de Deus e a representação exata de seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa.” – Hebreus 1:3a NVI
Jesus é o esplendor da glória de Deus. Uau, que declaração incrível é essa! Jesus não ensinou, se você me viu, você viu o Pai? Isso porque, Jesus era a representação exata do Pai. Deus se agradou que Sua plenitude fosse exibida em Seu Filho e que o Filho revelasse Sua glória na terra. No entanto, mesmo assim, apenas alguns reconheceram essa glória como Divina. Ao abrir seu evangelho, João escreve: “(9) A verdadeira luz, que ilumina a todos, estava vindo ao mundo. (10) Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o conheceu.” – João 1:9-10
Agora vamos ver como isso se relaciona com a Noiva radiante. Porque assim como Jesus era o resplendor da glória de Deus sobre a terra, assim também a Noiva é o resplendor do Noivo sobre a terra. 1 Coríntios 11:7 ensina que a mulher é a glória do homem, isso também é verdade para a Noiva. Ela reflete a glória de seu Amado, assim como a lua reflete o sol. Ela é Seu corpo na terra, um ser corporativo que incorpora Sua glória e esplendor. No entanto, assim como o mundo não reconheceu a Luz, que veio até ele, também até certo ponto a glória da Noiva permanece oculta da vista. Colossenses 3:3,4.
3. A glória da Noiva Madura
Sei que cobrimos muitas escrituras e embalamos muito nesta sessão, mas há uma área final que gostaria de compartilhar com vocês sobre a Noiva radiante. Até agora, exploramos o esplendor que nos advém individual ou coletivamente como a Noiva, e como essa glória nos é imputada em virtude de nosso relacionamento com o Senhor e Sua habitação em nossos corações – mas há outro esplendor com o qual a Noiva será agraciada e outra glória que ela receberá. Então, o que quero dizer com isso? Bem, vamos nos voltar para Apocalipse 19:7-8
“(7) “Alegremo-nos, regozijemo-nos e demos-Lhe glória, pois as bodas do Cordeiro chegaram, e Sua esposa se aprontou.” (8) E a ela foi concedido vestir-se de linho fino, puro e resplandecente, pois o linho fino é o ato justo dos santos.
A palavra “brilhante” aqui é G2986 “lampros”, que significa radiante, brilhante, brilhante. Observe que este não é o mesmo brilho que vem ao contemplar o Senhor, ou Sua Presença interior, é um brilho que é usado como uma vestimenta. Estamos familiarizados com essa escritura e normalmente associamos os atos justos dos santos, no contexto de serviço fiel ou boas ações. Mas acredito que carrega consigo uma implicação mais profunda. A palavra “atos justos” aqui, é a palavra G1345 dikaiōma (di ki oh ma) que transmite uma conotação legal como aquilo que foi considerado certo para ter força de lei, por exemplo, o que foi estabelecido e ordenado por lei, ou uma decisão ou sentença judicial. Espero que você possa entender isso – a Noiva é capaz de fazer parceria com o Senhor nas Cortes do Céu, de uma forma que estabeleça um precedente legal para o favor a ser concedido em sua designação real que antecede o Dia do Senhor e o Casamento do Cordeiro. Quando falamos de “atos justos”, acredito que precisamos ver esses atos como decisões governamentais que preparam uma Estrada de Santidade que preparará o caminho do Senhor. É como se essas roupas fossem suas vestes para participar do conselho do Céu. Uau, você pode imaginar isso? Não comparecer ao tribunal sem o traje adequado, mas vestido com roupas limpas e brilhantes.
Estou tocando em um outro assunto aqui, um que fui contratado para tratar, que é sobre a maioridade da Noiva. Não posso ter mais tempo para entrar nessa revelação aqui, apenas para dizer o seguinte: até que a Noiva atinja a maioridade, ela tem guardiões que cuidam dela. Em um tribunal, são os tutores que têm jurisdição legal sobre seu bem-estar. Mas quando a Noiva atinge a maioridade, uma das muitas coisas que acontece, é que sua voz pode ser ouvida e respondida diretamente nos tribunais de uma forma que não era antes. Isso é verdade no mundo natural e também é verdade no reino espiritual. Durante séculos, a Noiva cresceu na casa de seus guardiões denominacionais até atingir uma idade em que tudo mudaria, uma idade em que ela não é mais considerada menor aos olhos do Senhor, mas pronta para o amor nupcial ser despertado. Acredito que a Noiva atingiu esse limiar. Houve uma profunda mudança no reino espiritual, na qual a Noiva está sendo convidada para as cortes do Céu, onde sua voz terá peso e será respondida. Seus guardiões nunca foram capazes de fazer isso e nunca foram capazes de acessar sua herança ou glória, porque foi mantida em confiança até que chegasse o dia em que ela compareceria diretamente aos tribunais do Céu. Amado, acredito que esse dia chegou. Há roupas para a Noiva usar que são radiantes, com as quais ela cuidará de seu lugar no céu.
Finalmente, ao falar da Noiva radiante e gloriosa, há outra glória que ela receberá. Não uma glória refletida, ou que emana da habitação de Cristo, mas uma glória que vem a ela como herança. Novamente, só posso tocar neste tópico maravilhoso e compartilhar como convicção pessoal essa doutrina, mas acredito que quando a Noiva atinge a maioridade, ela é capaz de trazer a restauração nupcial de uma nação e receber o direito de primogenitura e a glória da nação como sua herança. Essa é uma declaração e tanto, então vou dizer de novo e depois compartilhar algumas escrituras para apoiar essa crença. Quando a Noiva atinge a maioridade, ela é capaz de inaugurar a restauração de uma nação e receber o direito de primogenitura e a glória da nação como sua herança. Ok, então vamos ver o que a Bíblia pode ter a dizer sobre isso.
“(23) A cidade não precisava do sol ou da lua para brilhar nela, pois a glória de Deus a iluminava. O Cordeiro [é] sua luz. (24) E as nações dos que são salvos andarão em sua luz, e os reis da terra trarão sua glória e honra para ela.” – Apocalipse 21:23-24 NKJV
Quando João viu em uma visão a Nova Jerusalém descendo do céu de Deus, preparada como uma noiva, lindamente vestida para seu marido, ele fornece uma descrição fantástica da noiva como a cidade de Deus. Embora misteriosa, a representação da Noiva como uma cidade é incrivelmente importante por muitas razões. Até porque incorpora o destino e a glória das nações. Cada nação foi criada por Deus, com a Nova Jerusalém em mente, sabendo que viria um dia em que os reis da terra trariam a glória e a honra das nações para a Nova Jerusalém. Naturalmente, podemos nos perguntar quem seriam esses reis, mas João possivelmente sugere isso no início do Apocalipse, quando registrou:
“(5) Àquele que nos amou e nos lavou de nossos pecados em Seu próprio sangue, (6) e nos fez reis e sacerdotes para Seu Deus e Pai, a Ele [seja] glória e domínio para todo o sempre. Amém.” – Apocalipse 1:5b-6 NKJV
“(2) [É] a glória de Deus ocultar um assunto, mas a glória dos reis [é] investigar um assunto.” – Provérbios 25:2 NKJV
Fomos feitos reis e sacerdotes do Pai. Em nossa unção real e sacerdotal, somos capazes de trazer a glória e a honra das nações para a Nova Jerusalém. Quando Deus fundou uma nação, estabelecendo seus tempos e limites, Ele colocou uma glória dentro da nação que seria finalmente trazida pela Noiva (como reis e sacerdotes) como um presente de amor ao Seu Filho. Isso é o que quero dizer com restauração nupcial de uma nação. Há uma glória oculta por Deus quando Ele fundou uma nação, e é a glória dos reis encontrá-la e trazê-la de volta a Ele. Quando penso na Noiva Radiante, é isso que vejo. Não apenas radiante porque ela reflete a glória de Jesus, mas radiante por causa das vestes fornecidas a ela para atos governamentais justos nos quais ela é capaz de restaurar o direito de primogenitura de uma nação, em preparação para seu Noivo quando Ele vier para trazê-la para casa.
Que destino incrível fomos chamados. Nesta mensagem, vimos como fomos criados para a glória de Deus, refletindo Seu brilho no mundo. Mas muito mais, porque essa glória de Deus nos permite nos tornarmos Um como a Noiva. E é por meio de nossa identidade nupcial que somos capazes de usar o esplendor de atos justos, participando dos tribunais do céu para fazer parceria com o Senhor na restauração do direito de primogenitura de uma nação, prontos para trazer a glória da nação conosco para a Nova Jerusalém.
Então, obrigado a todos por me permitirem compartilhar esses pensamentos com vocês. Oro para que tenham sido abençoados e inspirados, elevados um pouco mais, como John foi elevado para ter um vislumbre da Noiva radiante. Amém