“Podem dois andar juntos, a menos que estejam de acordo?” Amós 3:3 (KJV)
Apresentado por Deus como uma pergunta retórica, este pequeno versículo destaca a importância do acordo, pois sem ele como dois podem andar unidos? Pode parecer óbvio e, no entanto, muitas vezes pode ser esquecido. O poder do acordo é uma coisa formidável e tem sido repetidamente fundamental para mudar o curso da história. Forma um vínculo entre as mentes que permite que todos os que estão de acordo funcionem de forma mais harmoniosa. É, sem dúvida, um meio pelo qual o corpo de Cristo pode ser fortalecido.
(A palavra usada para ‘juntos’ em Amós 3:3 vem da raiz da palavra yachad (3161), que significa ser ‘unido, unido’.)
Jesus disse em Mateus 18:19 que se dois concordarem sobre qualquer coisa que pedirem, isso será feito por eles por Seu Pai Celestial. Verdadeiramente, abençoa o coração de Deus quando Seu povo habita unido Ele libera o precioso óleo do céu (Salmo 133).
Um exemplo do poder da concordância é visto em Atos 15, onde o concílio em Jerusalém concordou que os gentios eram recipientes da mesma graça salvadora que os judeus, sem distinção. Este acordo era fundamentalmente sobre identidade, o único novo homem. Em um mundo onde a identidade é ferozmente confusa, é essencial que entendamos, concordemos e abracemos nossa identidade nupcial – não como uma doutrina, mas como uma identidade corporativa de quem ela é em e por meio de Cristo. Já o precioso sangue e água do lado de nossos Salvadores, juntamente com o Espírito da verdade, dão testemunho e concordam com o preço nupcial que foi pago (1 João 5:8, João 19:34).
Após os discursos de Pedro, Paulo e Barnabé antes do Concílio de Jerusalém, Tiago afirma no versículo 15: “E com isso concordam as palavras dos profetas, assim como está escrito”. A eclésia deve administrar e concordar com base na Palavra de Deus. É assim que discernimos a verdade da falsidade, seja em doutrinas, visões ou profecias, traçando linhas claras sobre o que podemos e não podemos fazer parceria. Deve estar sempre ancorado na Palavra.
Em resultado de se chegar a um acordo dentro do concílio de Jerusalém, enviaram-se homens com uma carta de resolução que encorajava e fortalecia as igrejas porque elas haviam ‘chegado a um acordo’. Um acordo significa simplesmente que eles entraram em uma mente. A primeira carta de Paulo aos coríntios em 1:10 ecoa isso quando ele os exorta a “estarem unidos na mesma mente e no mesmo julgamento”. É um dos fundamentos a partir dos quais os ministérios 5 devem funcionar, criando harmonia, para que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus.
Paulo faz um apelo semelhante em Efésios 4:3, exortando-os a “estarem ansiosos para manter a unidade do Espírito no vínculo da paz”. Ele até diz em Filipenses 2:2 que completará sua alegria se eles conseguirem “ser da mesma mente, ter o mesmo amor, estar de pleno acordo e ter uma só mente”.
Para uma eclésia plenamente funcional e governante, o Senhor nos equipou com muitas chaves espirituais poderosas, e o poder da concordância é uma delas. Não apenas unirá e fortalecerá o corpo através do vínculo de paz e amor, mas também abrirá os depósitos do Céu para equipar, capacitar e adornar a Noiva com tudo o que ela precisa para se preparar para o retorno de seu glorioso Noivo Rei.
O acordo final, no entanto, é aquele entre o Céu e a Terra quando o Espírito e a Noiva dizem: “Vem!”
“E acima de tudo isso revesti-te de amor, que une tudo em perfeita harmonia.” Colossenses 3:14